sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A mulher de hoje


     Infeliz por não ter respostas. Mulher tem de ficar em casa, cuidando dos filhos? Homens e mulheres são iguais?
     Hoje, jornais, não raramente, noticiam garotas flagradas em delitos. Mulher ao perceber a inevitável prisão, chora, eu homem, confesso, choro junto.
     Amigo. Já ha quantidade relevante de mulher na construção civil: Mulher pedreira, se perfuma, pinta unha, usa maquiagem no trabalho. A mulher de hoje vende e usa droga igual homem, bebe igual homem, trabalha igual homem, faz sexo igual homem, mas mulher não é homem. Você já viu uma mulher abandonar seu filho recém nascido? Certamente você me responderá rapidamente e com alguma irritação:
__ Claro que sim.
     Procure-a uma hora e/ou cinqüenta anos depois.
     A mulher e sua sensibilidade foram adentradas num mundo interessante, cheio de novidades e insensível. A mulher infiel ama o amante, a esposa agredida física e moralmente a vida toda, teme o que possa ocorrer com seu parceiro e cruel agressor, se por ela denunciado. Mulher chora felicidade e tristeza. A mãe chora o choro do filho bebe, chora nota ruim na escola, a demora na balada, e chora filho jovem ou adulto casando, drogado, preso, morto.
     A internet potencializou a conscientização às lutas e conquistas femininas, metade históricas, metade às avessas, ilusórias. Elas que outrora sonhavam em formalizar família e trabalho no lar ou lecionar no ensino primário. Agora são presidenciáveis, já ocupam chefias de estado, altos cargos políticos, nos esportes e nas empresas em geral. Mas dividem espaço com trabalhos em filmes pornográficos, prostituição e paginas policiais.
     Temo pelo desfecho desta "novela" e pela aparente banalização de fatos que vitimam nossas mulheres, e olha que estou no Sul do país, imagino e sinto pelas amigas do Norte e Nordeste onde a situação se mostra ainda pior.
     Ah. Mas não é comigo. Eu levo uma vida absolutamente normal, regrada e feliz, respeitando homens e mulheres inclusive. Sim. mas e se a menina violentada, agredida fosse a sua neném de 2, 3 aninhos? Se a moça estuprada, a sua maninha de 14, 15 18 anos? A mulher assassinada brutalmente, a sua amada esposa no auge dos 20, 30, 40 anos? Se aquela jovem e saudável senhora de 50, 60 anos atingida fosse sua querida mãezinha, ou sua vozinha de 70, 80, 90 anos?
     Já não sei o que é pior, se quando elas temiam a troca dos afazeres domésticos e em busca da igualdade lutaram pelo ingresso num universo desconhecido, capitalista e até hoje machista ou agora que saíram do medo para o abismo.
     Penso que, iguais tem de ser direitos e não as pessoas.
     Homem, chore.

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